UnoAmérica rechaça informe da CIDH sobre Honduras
Bogotá, 22 de agosto – A União de Organizações Democráticas da América, UnoAmérica, rechaçou hoje o informe emitido pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre Honduras. Segundo UnoAmérica, as observações preliminares apresentadas ontem pela CIDH são “enviesadas, parcializadas e injustas”.
UnoAmérica opina que o informe da CIDH contém ao menos três graves erros conceituais e metodológicos:
Primeiro, a CIDH considera o governo de Micheletti como um regime de fato, em que pese ser o resultado de uma sucessão presidencial legítima e constitucional, ordenada pelo Congresso Nacional e a Corte Suprema de Justiça de Honduras, depois de Zelaya tentar violar a Carta Magna.
Segundo, a CIDH se limita a assinalar os prováveis excessos das Forças de Segurança do Estado contra os manifestantes zelaystas, sem levar em conta que existe um massivo plano de desestabilização para derrocar o governo, financiado pelo governo de Hugo Chávez e – presumivelmente – pelas FARC.
Terceiro, a CIDH descarta – e nem sequer menciona – as ameaças de invasão estrangeira, proferidas pelos governos da ALBA – particularmente os de Nicarágua e Venezuela – e que, como conseqüência dessas ameaças, o governo hondurenho se viu obrigado a tomar medidas para defender sua soberania e salvaguardar a paz.
UnoAmérica considera que todos os organismos dependentes da OEA, como a CIDH, deram uma virada para a esquerda, e já não atuam de maneira imparcial, como ordenam seus estatutos, senão a serviço de seus colegas socialistas.
UnoAmérica opina que o Dr. Víctor Abramovich, primeiro vice-presidente da CIDH, “não deveria ter participado da delegação que visitou Honduras, posto que suas tendências ideológicas o impedem de ser imparcial”.
“Abramovich foi durante anos diretor executivo do Centro de Estudos Legais e Sociais da Argentina (CELS), instituto presidido por Horacio Verbitsky. Abramovich também atuou como seu advogado. Verbitsky foi dirigente das Forças Armadas Peronistas (FAP) e dos Montoneros, e durante sua militância nessas organizações esteve incurso em numerosos atos de terrorismo”.
Finalmente, UnoAmérica expressou que os ataques infundados contra o governo de Micheletti devem-se à preocupação que existe dentro da esquerda latino-americana, de que o precedente hondurenho se estenda por toda a região. “Zelaya não foi o único que violou a Carta Magna; também o fizeram Chávez, Morales, Correa e Ortega. Eles temem ser objeto de uma sucessão constitucional, como a que ocorreu em Honduras”.
Tradução: Graça Salgueiro